Simpósio de Sindicalismo Sul-Mato-Grossense é realizado em Três Lagoas
Em setembro o Campus de Três Lagoas sediou o 1º Simpósio de Sindicalismo Sul-Mato-Grossense, integrado a Semana Jurídica do curso de Direito do campus, organizada pelo Centro Acadêmico Professor Olyntho Mancini. A programação contou com a participação dos professores Ricardo Festi, Marcus de Oliveira, Norma Padilha e José Reginaldo Inácio, palestrantes do evento.
O tema do simpósio foi “Movimento sindical: desafios, perspectivas e agente de defesa do Direito Social do Trabalho”, idealizado pela procuradora do trabalho em Três Lagoas, Priscila Moreto de Paula, que foi motivada pelas alterações legais recentes que impactaram diretamente o custeio e articulação do movimento sindical. “Surgiu a ideia de realizarmos a provocação, juntamente com a comunidade e com o movimento sindical local, para debatermos a situação do movimento nos dias de hoje. Como está se organizando e os impactos que foram produzidos em razão da Lei 13.467/17 para o movimento sindical como um todo”, explicou.
As palestras contaram com a presença de diversos representantes sindicais de Três Lagoas e da região, que participaram das reflexões e diálogos proporcionados. “Esse simpósio veio em uma boa hora, pois já aconteceu tanto desmanche e nós não nos encontramos para discutir o que está acontecendo. O Ministério do Trabalho, organizando esse evento, reforça nossa organização sindical e me deixa muito feliz, para que ocorram mais vezes rodas de conversa entre sindicatos, alunos de Direito e outros, pois nós trabalhadores somos os pilares do desenvolvimento econômico do país”, relata a representante do Sindicato dos Agricultores Familiares e procuradora do Sindicato dos Trabalhadores Assalariados Rurais de Três Lagoas, Genir Neves.
A integração dos acadêmicos do curso de Direito, sindicalistas e advogados resultou em conversas e contatos entre o meio prático, teórico e a luta sindical diária. Para o acadêmico Lucas Silva dos Santos, participar do evento foi uma experiência gratificante. “O que mais me motivou foi a fala da Dona Genir, uma senhora de 70 anos dotada de vitalidade e um espírito de luta por justiça impressionante. A relação dos temas abordados no supramencionado evento é evidente, posto que, tanto a precarização da mão de obra quanto o desemprego, e a relação destes dois fatores com os novos modelos de produção fazem parte da nossa realidade local, sendo, portanto, papel da Universidade traçar debates, investigar os problemas apresentados, e consequentemente, se possível, sugerir soluções”.
Texto: Evelyn da Costa Souza (estagiária do CPTL)