III EduForP e I EduInForP – 2021

Postado por: WESLEY MIGUEL BIZERRA DE MELLO

   

III Seminário Nacional de Educação, Cultura para a Formação de Professores (EduForP)

I Seminário Internacional de Educação, Cultura para a Formação de Professores (EduInForP)

Justificativa

Em tempos sombrios nos propomos à apreensão das relações entre a Educação e a Sociedade pela Arte. A Arte salva? Perguntaria o tolo ao olhar para o dedo do mestre que aponta para a lua. A Arte materializa a finalidade sem fins à procura do núcleo de verdade que funda o sujeito num processo constante de esvaziamento de si (desfazer-se dos supérfluos); em-si (com autonomia), para-si (sem expectativas) e para-com-outro – uma vez que é na fruição que se dá a recepção da obra de arte (considerando as relações contextuais). É somente diante de um outro, considerando as múltiplas subjetividades, que a Arte se realiza na permanente busca da exteriorização do alter naquele que a observa ou a aprecia. Onde nada mais resta a dizer de si é onde a Arte começa e finda ao não-dizer sobre si. É o outro que a desvela.

Por isso que, na Arte, toda verborragia torna-se hemorrágica e definha aquilo que a faz pulsar, mas toda nudez será castigada! Um silêncio ensurdecedor que impulsiona o encontro do sujeito consigo mesmo sem (inter)mediações ou corrimãos e, mais, sem garantia de manutenção da sua inteireza em processo de (re)construção permanente. Essa é, talvez, a promessa da Arte, mas promessa.

A educação, por sua vez, se propõe a espreitar os substratos sociais para, em-si, tornar-se um instrumento de reafirmação do status quo dos invisibilizados nas hierarquias sociais subalternizantes. Se a Arte não salva, a Educação muito menos na excelência da manutenção de-si ainda como um ato revolucionário. É preciso mirar para uma formação cultural na potência consciente e racional do saber o quanto “viver é perigoso!”. Tornar-se um perigo em vida flerta com a Arte, pois é a única possibilidade de nos tornarmos dissonantes diante da realidade mórbida e conformante. Se “viver é perigoso”, a Arte não é a salvação, mas sim o motor do perigo (insight), pois nos mantem ressabiados/as em vida. Portanto, uma vida sem Arte não vale a pena ser vivida e não saber o porquê (re)afirma a importância da Arte.

 

INSCRIÇÕES  &  MAIS INFORMAÇÕES

 

#

EM ESPANHOL

#

Justificativa

En tiempos oscuros nos proponemos aprehender la relación entre Educación y Sociedad a través del Arte. ¿El arte salva? Preguntaría el tonto al mirar el dedo del maestro que apunta a la luna. El arte materializa el propósito sin fines en busca del núcleo de verdad que funda al sujeto en un constante proceso de vaciamiento (descartando lo superfluo); en sí (con autonomía), para sí (sin expectativas) y para-con-otro (considerando las relaciones contextuales). Sólo frente al otro, considerando las múltiples subjetividades, el Arte se realiza en la búsqueda permanente de la exteriorización del alter en el que se observa o se aprecia. Donde no queda nada que decir sobre si es donde el Arte comienza y termina, sin decir nada sobre sí. Si toda desnudez va a ser castigada, en el Arte, toda verborrea es hemorrágica en el marchitamiento de lo que la hace palpitar. Un silencio ensordecedor que impulsa el encuentro del sujeto consigo mismo, sin (inter) mediaciones ni pasamanos y, además, sin garantía de mantener su integridad en el proceso de reconstrucción permanente.

La educación, a su vez, se propone echar un vistazo a los sustratos sociales para convertirse, en sí misma, en un instrumento para reafirmar el statu quo de lo invisible en las jerarquías sociales subordinadas. Si el Arte no salva, la Educación mucho menos, en la excelencia del auto mantenimiento, aún como acto revolucionario. Es necesario apuntar a una formación cultural en el poder consciente y racional de saber cuánto “¡vivir es peligroso!”. Convertirse en un peligro en la vida coquetea con el Arte, ya que es la única posibilidad de volverse disonante ante la realidad morbosa y conforme. Si “vivir es peligroso”, el Arte no es la salvación, sino el motor del peligro (insight), ya que nos mantiene recelosos de la vida. Por tanto, una vida sin Arte no vale la pena vivirla, y no saber el por qué (re) afirma la importancia del Arte.