O PET de Enfermagem do Campus de Três Lagoas disponibiliza desde 2018 o curso de Libras  para profissionais da saúde, com o objetivo de melhorar a comunicação entre os profissionais e seus pacientes surdos e, consequentemente, aumentar a qualidade do atendimento prestado.

Contudo, devido a disseminação do coronavírus e a necessidade emergencial de suspender as atividades presenciais, o curso teve que se adaptar ao novo contexto de pandemia e realizar seus encontros online, realizados às segundas e quartas-feiras via Google Meet.

A coordenadora e idealizadora do projeto, a estudante Claudia Kauany da Silva, afirma ser muito gratificante ver que a partir desse curso os profissionais e futuros profissionais de saúde estão mais sensibilizados quanto ao atendimento humanizado aos surdos e podem disseminar esses conhecimentos para o restante da equipe, nos seus respectivos ambientes de atuação. “Apesar de toda dificuldade nesse momento de pandemia, o projeto não parou e ainda estamos tendo nossos encontros de forma online, pois entendemos a importância e valorizamos esse aprendizado”.

“Ter a oportunidade de ministrar as aulas de vocabulário básico para o atendimento da pessoa surda e ainda sensibilizar os alunos e profissionais para o atendimento com acessibilidade tem sido uma experiência fascinante e muito satisfatória”, afirma Priscila Keila de Mendonça, intérprete de Libras da UFMS e professora responsável pelo curso.

Para os participantes, que em meio as adaptações permaneceram estudando, o curso foi uma oportunidade de compreender a importância da inclusão social na formação acadêmica. “Serei capaz de fornecer um cuidado mais individualizado aos meus pacientes, respeitando o modo como eles acessam o mundo. Projetos como esse são essenciais para a construção de uma sociedade empática e com mais equidade”, declara Isabela Pinto Zoccal, estudante de Medicina.

Cauane Marceliano foi integrante da primeira turma do projeto, em 2018, e atualmente é enfermeira residente em obstetrícia pela UFMS. Ela conta que pôde praticar o conhecimento adquirido no curso de Libras ao acompanhar mensalmente em seu estágio obrigatório uma criança com mãe surda. Segundo Cauane, graças ao projeto ela conseguiu se comunicar efetivamente com a mãe, qualificando o atendimento.

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